quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Foto: Paulo Robero Accioli

Localizado na Rua Dias da Cruz, no tradicional bairro carioca do Méier, o Shopping do Méier foi projetado pelo arquiteto João Henrique Rocha e aberto ao público em 1963. Atualmente conta com mais de 60 lojas, sendo duas âncoras (Lojas Americanas e C&A), além de lanchonetes fast-food, das quais se destacam o Bob's e a Giraffas. As suas instalações também abrigam o Campus Millôr Fernandes da Universidade Estácio de Sá. Hoje, há uma constante disputa entre o carioca Shopping do Méier (1963) e o paulistano Shopping Iguatemi (1966) a respeito de qual foi o primeiro Shopping Center brasileiro.Entre as décadas de 70 e 80 agregava 30 lojas e três âncoras: supermercado Peg Pag, loja de departamentos Sears/Sandiz e Lojas Brasileiras (Lobras), além de restaurantes e lanchonetes.O terreno de esquina tem frentes de 100 e 50 metros e área total de 5.800 m². Sua área construída total é de aproximadamente 16 mil m². O projeto se desenvolve em três pavimentos. Os dois primeiros ocupam todo a projeção do terreno e recebem os espaços comerciais. O terceiro é cobertura parcialmente ocupada com sobrelojas das âncoras e restaurante onde terraços visitáveis, jardins e estacionamentos são áreas abertas. No subsolo se localizam carga e descarga, serviços e instalações.A planta dos dois primeiros pavimentos se organiza com circulações paralelas à fachada principal, formando uma faixa frontal regular e uma porção irregular nos fundos do terreno, ocupada com serviços no térreo e loja âncora nos pavimentos superiores. O miolo da faixa regular forma núcleo com circulações verticais, sanitários e serviços, ao redor do qual desenvolvem circulações e lojas na periferia e no centro. A planta do terceiro pavimento equilibra as partes cobertas em faixa longitudinal junto à fachada principal e na porção irregular de fundos. A fachada frontal se apresenta ritmada pela presença dos pilares que determinam 11 vãos dos quais somente o extremo da esquina é totalmente cego. No pavimento térreo, a abertura de acesso se faz pelo recesso centralizado, e assimétrico em relação aos módulos transparentes, de três módulos contíguos. A fachada lateral dá acesso somente aos veículos na sua extremidade de divisa, apresenta vitrines no térreo e paredes cegas no segundo pavimento.O edifício tem o porte e o ar de grande estabelecimento tradicional. Os dois primeiros pavimentos conformam volume horizontal e a cobertura é tratada como terraço aberto no qual as partes cobertas frontais ocorrem sob laje apoiada em delgados pilares. A horizontalidade da fachada principal contrasta com entorno em renovação.

Um comentário:

Unknown disse...

Gostaria de saber se existe algum projeto de revitalização deste shopping que está , na minha opiniao , completamente abandonado. Dá pra contar nos dedos a quantidade de lojas, pois a maioria esta fechada. Tanto abandono me faz perguntar : Aquilo ali pode ser chamado de shopping ainda ? A galeria Oxford está com mais cara de shopping do que ele. Acho que este shopping está mal administrado e precisa procurar um jeito de se modernizar , pois a cada dia mais lojas fecham .